Cinema
“Twisters” é grandioso, mas merecia mais estofo
Michael Crichton, um dos maiores autores de romances de ficção científica em todo o mundo, morreu em 2008. Mas seu nome aparece com inteira justiça nos créditos de “Twisters”, que está nos cinemas. Afinal, ele era um dos roteiristas de “Twister”, o filme que virou as bilheterias de pernas para o ar em 1996. É tudo muito parecido nesse quase remake, 26 anos depois. Muda o casal de atores. Saem Helen Hunt e Bill Paxton, entram Daisy Edgar-Jones e Glen Powell, dupla de bonitos em alta em Hollywood. E tudo vai para uma escala muito maior, em todos os detalhes. Se a cena de uma vaca voando levada por um tornado era impressionante no primeiro filme, aqui a festa dos efeitos visuais cria imagens muito mais deslumbrantes. E a atual preocupação bem mais intensa com a crise climática deveria impor mais relevância à atividade do casal central, dois caçadores de tempestades tentando desenvolver novos equipamentos para a previsão de catástrofes. Mas isso nem é contemplado com destaque no filme. O importante é a ventania. Vale assistir? Sim, porque visualmente é mesmo incrível e o roteiro não é tão picareta quanto poderia ser. Mas “Twisters” é mais um daqueles exemplos de filmes que, apesar de bons, poderiam ser melhores sem a urgência de bilheteria dos dias atuais. Eis aqui o trailer.
Fonte: Thales de Menezes
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