O Brasil faturou o bronze após vencer, por 3 a 1, a Turquia no vôlei feminino das Olimpíadas de Paris. Esse encerramento de competição também marca o fim da passagem de Thaísa com a camisa brasileira.

Ouro nas Olimpíadas de Pequim (2008) e Londres (2012), a atleta era a única remanescente desse grupo e foi para os Jogos de Paris com a bagagem de toda experiência da sua carreira. A conquista do primeiro lugar não aconteceu, mas Thaísa, em meio a muita emoção, reforçou a importância de alcançar o bronze.

“Acabou. Quando abracei meu marido, falei isso. Ele não tinha entendido o ‘acabou’. Acabou, se encerrou o ciclo. Foi uma vida dentro da seleção, tanto de base como adulta. Só quem está aqui sabe o que a gente passa, o que tem que superar. Mas é muito amor pelo que a gente faz. E agora acabou. Agradeci muito as meninas por terem se esforçado por mim. Queria muito trazer o ouro para elas, mas esse bronze para a gente vai valer ouro”

“Nunca vi um grupo tão dedicado, querer tanto de verdade. A minha geração queria, mas era diferente. Senti uma gana diferente desse grupo novo, se encontrando. Tenho certeza que elas vão fazer acontecer. Tenho muito orgulho de ter feito parte disso. Estou feliz e triste ao mesmo tempo. Só tenho que agradecer o grupo que me acolheu com amor e carinho. Vou torcer porque tenho certeza que virão muitas medalhas pela frente, tenho certeza disso”, declarou a jogadora em entrevista à Globo.

Sem poder exercer a liderança no grupo por conta da sua saída, Thaísa elegeu sua sucessora entre as jogadoras que vão ficar.

“Peguei a Diana pelo braço, abracei e falei: agora está contigo, leva esse time porque você é muito boa. Ela começou a chorar e agradeceu. É um legado que eu deixo. Dei meu melhor errando e acertando. Queria muito ter ajudado mais para chegar na final e conquistar a medalha de ouro, mas esse bronze é um ouro para a gente. A gente queria muito, muito o ouro, mas a gente deu tudo que a gente tinha por essa medalha”, concluiu a atleta.