Senor Abravanel
O adeus a Senor Abravanel, o eterno Silvio Santos
O Brasil perdeu neste sábado, 17 de agosto, um de seus maiores ícones da televisão. Silvio Santos, cujo verdadeiro nome era Senor Abravanel, faleceu aos 93 anos, em decorrência de uma broncopneumonia causada por complicações do vírus H1N1. Sua partida deixa um vazio imenso na cultura popular brasileira, onde sua presença foi marcante por décadas.
Nascido em uma família judaica no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, Senor Abravanel adotou o nome artístico Silvio Santos ainda no início de sua carreira, devido a uma curiosidade familiar: sua mãe, que tinha dificuldade em pronunciar “Senor”, passou a chamá-lo de Silvio. Esse nome, que surgiu de forma tão simples, se tornaria conhecido e amado por milhões de brasileiros.
Apesar de ser o rosto de um império que levava seu nome, Silvio Santos jamais esqueceu suas raízes. Em entrevistas, ele explicou que o nome Abravanel carrega uma história de nobreza e coragem. Descendente de Dom Isaac Abravanel, um renomado financista judeu do século XV, Silvio orgulhava-se da trajetória de sua família. “Senor, na verdade, significa ‘Dom Abravanel’, um título que meus antepassados receberam há séculos”, contou o apresentador em uma de suas muitas conversas com o público, sempre com o jeito irreverente que o caracterizou.
A mudança para “Silvio Santos” também representou um novo começo. Quando jovem, Senor havia participado de um programa de calouros sem sucesso. Ao tentar novamente, decidiu adotar o novo nome para ter uma segunda chance, uma escolha que mudaria sua vida para sempre. Suas filhas, no entanto, mantêm o sobrenome Abravanel, perpetuando a história de sua família.
Silvio Santos não foi apenas um apresentador; ele foi um símbolo de persistência, criatividade e carisma. Com um sorriso que cativou gerações, ele fez história na televisão e nos corações dos brasileiros. Hoje, o país chora a perda de um ícone, mas celebra o legado eterno de um homem que, com seu jeito simples e autêntico, conquistou uma nação inteira.
Fonte: Jornalista Patricia Klaic