O desaparecimento de Priscila Belfort, que ocorreu há mais de 20 anos, continua a gerar controvérsias e especulações, especialmente após o lançamento de um novo documentário na Disney+. A obra não apenas revive o caso, mas também lança luz sobre aspectos obscuros que cercam a investigação.

Um dos pontos destacados pela mãe de Priscila é que Luiz Claudio Correa Fortes, o ex-namorado, esteve na casa da jovem na mesma semana de seu desaparecimento. Ele teria buscado pertences pessoais e mexido em seu computador, que, após averiguação, não apresentava registros, como se tivesse sido resetado ou seus dados deletados. Essa informação levanta sérias questões sobre o que poderia ter ocorrido e a intenção por trás dessas ações.

Além disso, o documentário revela que, uma semana após o desaparecimento, Luiz Claudio compareceu à delegacia acompanhado de seu pai e de um advogado criminalista. O envolvimento da família Fortes, descrita como influente no Rio de Janeiro, gera especulações sobre a possibilidade de uma proteção a pessoas ligadas ao caso.

Um momento crucial apresentado é o pedido de quebra de sigilo telefônico de Luiz Claudio, Priscila e sua mãe. Apesar de o juiz ter concedido o pedido, a investigação foi interrompida após a operadora receber um ofício que indicava não haver mais necessidade de continuar a averiguação sobre o ex-namorado. Essa interrupção levanta questionamentos sobre a eficácia da investigação e possíveis influências externas.

A mãe de Priscila também relata que, um mês após o desaparecimento, ligou para Luiz Claudio solicitando os pertences da filha. Ele, de acordo com o documentário, se apresentou em um local público acompanhado de seu pai, o que sugere um comportamento cauteloso.

O documentário ainda mostra testemunhas que falaram sobre um suposto sequestro, mas que, em entrevistas subsequentes, optaram pelo silêncio, levantando a hipótese de intimidação ou pressão.

Outro elemento significativo na trama é o envolvimento do traficante Rogério, conhecido como “Gerinho”, que se tornou o principal suspeito. Após uma operação policial no Morro do Alemão, onde mais de 1.300 policiais participaram, Gerinho foi morto, eliminando uma possível linha de investigação e testemunhas.

O caso de Priscila Belfort continua sendo investigado, mas o documentário traz à tona questionamentos sobre a falta de empenho nas investigações, especialmente quando envolve figuras influentes da sociedade carioca. A família de Priscila, assim como o público, aguarda respostas que possam esclarecer o que realmente aconteceu há duas décadas.

Com sua narrativa envolvente e reveladora, o documentário tem gerado repercussão nacional, estimulando debates sobre justiça, poder e a importância de não deixar casos como o de Priscila serem esquecidos. A série não apenas reacende o interesse no caso, mas também serve como um chamado à ação, pedindo que as vozes dos que buscam verdade e justiça sejam ouvidas e respeitadas.

Fonte/ Documentário Volta Priscila