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Como jovem clube deixou de ser ‘motivo de piada’ para sonhar com Brasileirão

Como jovem clube deixou de ser ‘motivo de piada’ para sonhar com Brasileirão
Publicado em 07/09/2024 às 11:44

São apenas três anos de atividade no futebol profissional, mas, em 2024, o Monsoon FC conquistou o título da segundona do Campeonato Gaúcho e, na próxima temporada, fará sua estreia na elite estadual.

Para muitos, essa realidade pareceria irreal no início do projeto. Mas não para os administradores do clube gaúcho. Em entrevista ao ESPN.com.br, o presidente Lucas Pires revelou que foi motivo de piada quando traçaram as metas de chegar à elite em tão pouco tempo.

“Nosso projeto começou com metas ousadas. Quando a gente iniciou, nosso primeiro planejamento era estar na primeira divisão com três anos de clube, que era uma meta que a gente colocou no direcionamento de negócios. Quando a gente começou a conversar com as pessoas que estão no futebol há mais tempo, foi até motivo de riso, de piada”, disse.

“E a gente continuou trabalhando, foi bem desafiador, não foi fácil. Muitas coisas a gente só aprende fazendo, mas deu tudo certo. Fomos campeões da terceira divisão no primeiro ano, ano passado perdemos na semifinal, no jogo de acesso, e esse ano fomos campeões novamente, garantindo nossa vaga na elite”, completou.

Além do sucesso nos gramados, o time também tem sido bem sucedido na formação de atletas, com jovens jogadores já tendo sido vendidos a clubes da Série A, como Athletico-PR, Bahia, Cruzeiro e Juventude.

O nome do clube é o mesmo da empresa que os gerencia: o Monsoon International, de Dubai. E a influência dos investidores é o que os diferencia dos demais, de acordo com Lucas.

“Nosso grande diferencial é que, por termos investidores estrangeiros, a nossa mentalidade é diferente de clubes tradicionais brasileiros. Uma das primeiras reuniões que a gente fez, a gente estava entrevistando um diretor executivo de futebol com mais de 10 anos de experiência. Ele falou para nós: ‘vocês têm que estar preparados para errar nos três primeiros anos, aprender no quarto, ficar no meio de tabela do quinto e lá pelo sexto ou sétimo ter resultados’”, afirmou.

“A gente falou para ele: a gente ama o futebol, investe, mas o negócio precisa fazer sentido. Não posso ficar gastando dinheiro para no quinto ano estar no meio de tabela. A grande influência dos nossos investidores é que eles cobram muito em performance, na questão orçamentária, na esportiva e na de negócio. Eu sou muito cobrado por eles nesses três pontos”, acrescentou.

Apesar de já possuírem os investidores dos Emirados Árabes, o Monsoon já começou o planejamento para se tornar uma SAF, com novos interessados já surgindo. Além disso, para a disputa na elite, mudanças estruturais ainda ocorrerão, como a busca por um novo estádio para a disputa das partidas.

E, apesar de disputar a elite pela primeira vez, o time já possui uma meta clara para o primeiro ano. “A gente está montando um time forte para jogar a Série D do Brasileirão. Eu sempre fui um cara que não pensei em perder, sempre pensei em ganhar. E essa é a visão que eu tento implementar em todos que trabalham comigo. E nós vamos jogar para ganhar, para chegar na Série D do Brasileiro”.

Mas esse é apenas o primeiro objetivo do clube, que já pensa a longo prazo, quando deseja estar na elite nacional. “Nosso objetivo traçado esse ano, agora que chegamos na elite estadual, é, no máximo, em seis anos estar na Série A nacional. É a meta que eu recebi. Nada é impossível quando se é bem trabalhado. É bem difícil, são grandes clubes, é outro nível de investimento e de competição. Mas a gente vai em busca e vai dar 120% de nós se precisar”.

A meta é ousada – e até irreal para algumas pessoas. Mas outros objetivos já foram ousados para o Monsoon e foram conquistados. Se o futuro irá sorrir novamente para o clube, somente o tempo responderá.

SÃO PAULO WEATHER
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