Como amizade com ‘rival’ faz André se sentir em casa na Inglaterra
André chegou na Inglaterra no início da temporada, mas, aos poucos, já se sente em casa. Neste domingo (29), às 12h (de Brasília), o volante fará seu 15º jogo pelo Wolverhampton quando enfrentar o Tottenham, partida com transmissão ao vivo do Disney+ Premium.
Seu início foi de uma rápida ascensão. No primeiro mês, além da titularidade garantida, o brasileiro ainda garantiu o prêmio de jogador do mês do clube – e caiu nas graças da torcida.
No segundo mês, porém, alguns jogos no banco se tornaram uma rotina mais frequente com Gary O’Neill, ex-treinador do clube, testando novas formações para tentar salvar o time da zona de rebaixamento.
“Foi um início muito bom, cheguei, acabei sendo o melhor jogador do mês. Depois, o Gary optou por mudar a formação, acabou me tirando da equipe. Mas eu vim aqui para dar meu melhor no dia a dia, nos jogos. É difícil essa adaptação nos primeiros três meses, eu sabia que teria dificuldades”, disse em exclusiva à ESPN.
Além disso, outra dificuldade para André foi o número de viagens feitas nas primeiras semanas, passando boa parte dos meses com a seleção brasileira.
“Sair do Brasil, chegar aqui no último dia de janela (de transferências), ficar dois dias, voltar para o Brasil, jogar na seleção brasileira, volto para cá. Praticamente fiquei 15 dias aqui e 15 com a seleção nesses primeiros três meses. Esse mês de dezembro é o primeiro que vou ter direto”, relatou.
“Acho que o mais importante é ter a cabeça muito forte, uma mentalidade muito forte para quando não começar jogando, quando tiver oportunidade entrar bem. Acho que hoje minha preocupação é dar a vida pelo clube, pelos meus companheiros e conseguir o máximo de vitórias daqui para frente”, completou.
Um outro fator ajuda o jovem de 23 anos a se adaptar mais rapidamente: os colegas de vestiário. “Creio que agora já estou mais ambientado no clube, consigo falar bem com os companheiros. Tem vários portugueses, muitos brasileiros que acabei pegando mais intimidade. É muito diferente a língua, se for comparar com o Brasil”.
Dentre os companheiro, um acaba se destacando. Rival nos tempos de Flamengo x Fluminense, João Gomes é sua dupla na ‘volância’ e um dos nomes mais próximos de André.
“João me ajudou muito quando cheguei aqui. Nos primeiros dias, fiquei no hotel, às vezes ficava na casa dele. No primeiro mês, foi um cara que me ajudou muito junto com o (Matheus) Cunha. Conhecia ele desde a base, somos do mesmo empresário, isso facilitou muito”, revelou.
“Ele segue torcendo para o Flamengo daqui, e eu sigo torcendo para o Fluminense. Mas, tirando essa rivalidade nossa, está sendo fantástico viver esses dias aqui, dividir o gramado com ele. Moleque muito gente boa, super do bem. E a gente tem tudo para fazer um resto de temporada excelente pela frente, próxima temporada também”, finalizou.
Como rivais, André e João Gomes fizeram seis duelos nos profissionais, com cinco vitórias para o ex-tricolor e um empate. Já juntos, entre Wolves e seleção, os dois fizeram 15 partidas, com quatro vitórias e oito derrotas.