Mercado futuro do açúcar registra novas perdas em Nova York e Londres nesta segunda-feira, alinhado à desvalorização do petróleo e pressões da oferta global.

Confirmado o viés de baixa desde a manhã, os contratos futuros do açúcar continuam operando em queda significativa em Nova York e Londres nesta segunda-feira (22). Por volta das 12h07 (horário de Brasília), o açúcar tipo branco apresentava uma redução de 1,76%, cotado a US$ 531,70 por tonelada, enquanto o tipo bruto em Nova York registrava queda de 1,88%, valendo 18,32 cents/lbp.

O mercado global de açúcar enfrenta um dia de desvalorização acentuada, influenciado pela baixa nos preços do petróleo e pelas projeções de superávit na oferta global, conforme indicado pela Covrig Analytics na semana passada. Acompanhando de perto as condições climáticas nas principais regiões produtoras, o mercado se mantém atento aos impactos desses elementos sobre os preços da commodity.

A desvalorização do petróleo, com o WTI negociado a US$ 78,33 o barril por volta do mesmo horário, também contribui para a pressão sobre os preços do açúcar. Os analistas destacam que os conflitos em Gaza e a decisão de Joe Biden de não concorrer à presidência dos EUA adicionam complexidade ao panorama econômico global, afetando indiretamente o mercado de commodities.

No mercado interno brasileiro, o preço do açúcar apresentou ligeiras baixas na última sessão de negociação. O Indicador CEPEA/ESALQ para o mercado paulista registrou queda de 0,64%, cotando a tonelada a 134,27. Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar manteve-se estável, com cotação em R$ 170,23, segundo dados da Datagro. Em Santos (SP), o açúcar VHP encerrou o dia a US$ 20,30 por tonelada FOB, marcando uma queda de 1,32% em relação à última apuração.

Diante da conjuntura atual, o mercado do açúcar enfrenta desafios significativos, com a pressão da oferta global e a volatilidade dos preços impulsionados por fatores econômicos e climáticos. Os próximos dias serão cruciais para observar como esses elementos influenciarão as decisões dos produtores e investidores no mercado internacional de commodities agrícolas.

Fonte: NewsLetter- Notícias Agrícolas