Polícia Civil São Paulo
Delegacias do Demacro enfrentam crise administrativa: Escassez de materiais e viaturas precárias dificultam o trabalho policial relata o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo
Falta de recursos e má administração prejudicam o funcionamento das delegacias na região do Demacro, em São Paulo, papel sulfite e a precariedade da frota de viaturas são alguns dos problemas relatados, afetando diretamente o trabalho dos policiais, segundo informações do site SIPESP.
As delegacias da região operam sem papel sulfite há meses, forçando os policiais a custear o material do próprio bolso para garantir a impressão de Boletins de Ocorrência e peças de flagrantes. A situação se agrava com a falta de recursos humanos. Em muitos casos, há apenas um escrivão na chefia, o que complica ainda mais quando este entra de férias. Apelos para reforço de pessoal ao setor seccional têm sido ignorados, deixando os distritos em uma situação crítica. Comenta o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto. “É inegável a desigualdade no tratamento das viaturas entre os gestores e os policiais de rua, que continuam a enfrentar condições de trabalho precárias, utilizando veículos antigos e frequentemente com problemas mecânicos graves como freios e embreagem comprometidos”, disse.
Segundo eles apesar da existência de um setor de transportes, as viaturas frequentemente quebram e ficam inutilizáveis. Os investigadores teriam de recorrer aos seus próprios recursos ou à ajuda de comerciantes locais para custear os reparos necessários. “No pátio da polícia civil, próximo ao Palácio da Polícia, diversas viaturas em bom estado estão abandonadas ao relento, cobertas de poeira e com pneus murchos, contrastando com a necessidade diária dos policiais”. Explica o representante da categoria
Ainda segundo o site oficial do sindicato (SIPESP), recentemente, o governo Tarcísio anunciou a compra de 2000 novos veículos modelo Creta da Hyundai, prometendo entregá-los até o final de 2024 exclusivamente para a Polícia Militar. Essa medida levantou questionamentos sobre a prioridade dada à Polícia Civil, que enfrenta graves problemas de frota enquanto suas viaturas descaracterizadas são reservadas para diretores e delegados, muitas vezes usadas para fins pessoais.
O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (SIPESP) visitou diversos distritos do Demacro e está tomando providências jurídicas para abordar esses problemas. O presidente do SIPESP, ainda destacou que essas denúncias são recorrentes e que o sindicato está empenhado em buscar melhorias para os policiais que enfrentam condições de trabalho precárias.
O SIPESP também identificou que, em algumas seccionais, há um excesso de policiais assistentes, enquanto outras delegacias clamam por mais escrivães. Rebouças criticou a má administração de pessoal, observando que a crise evidencia uma priorização equivocada na distribuição de recursos e equipamentos dentro da estrutura da Polícia Civil do estado.
Fonte: SIPESP
Segue abaixo a nota encaminhada para redação do Portal São Paulo 24 horas da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo em relação as reivindicações do Sindicato dos Investigadores da Policia Civil:
A SSP esclarece que, em 2023, houve um aporte de R$ 26 milhões do Fundo de Incentivo à Segurança Pública (FISP) no orçamento da Polícia Civil, que neste ano recebeu outros R$ 17 milhões do mesmo fundo. Essa verba somou-se ao orçamento anual de 2024, que alcançou R$ 5,9 bilhões, representando um aumento de 13,4% em relação ao ano anterior. Os recursos são alocados de maneira estratégica, conforme as necessidades de cada corporação, visando aprimorar a segurança pública de modo abrangente para beneficiar os cidadãos.
Como resultado dos esforços empreendidos, em 3 de julho, Ferraz de Vasconcelos inaugurou uma nova sede da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) no Parque Dourado. Esta unidade oferece uma estrutura dedicada e acolhedora para o atendimento de vítimas de violência doméstica e familiar. Anteriormente, o serviço da DDM funcionava no prédio do 1º Distrito Policial, mas a nova sede conta agora com cinco salas, recepção para o público, sala de espera e banheiros, proporcionando um ambiente mais adequado para o atendimento às vítimas.
Quanto ao efetivo, a Instituição trabalha para reduzir o déficit acumulado ao longo de gestões anteriores. Para isso, há 3,4 mil policiais civis em formação, além de três concursos em andamento para o preenchimento de 3.135 vagas para delegados, escrivães e investigadores. Somado a isso, em maio houve a maior nomeação da história da Polícia Civil, com a convocação de mais de 4 mil candidatos, incluindo todos os remanescentes.
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